segunda-feira, 20 de setembro de 2010

sobre homens e mastros



fotos: Giselly Lima


Taí um assunto sobre o qual quero me manifestar faz algum tempo. Um negócio que me incomoda desde a primeira vez que observei acontecendo. Foi quando começou o boom do mercado imobiliário em Salvador com aquela propaganda pesada, panfletagem em todo canto, páginas inteiras nos jornais, outdoors e ...mastros humanos. É assim que eu chamo esse fenômeno que o aquecimento da construção civil inventou e que a propaganda política acolheu prontamente. Mastros humanos são aqueles homens e mulheres que ficam parados em lugares de grande circulação segurando uma bandeira com a propaganda de um candidato ou de um novo condomínio.
Fico extremamente incomodada com o fato de se utilizar um ser humano para a função de apenas segurar uma bandeira durante horas, parado em um mesmo lugar, pois desta forma se estaria driblando uma lei que proíbe propaganda fixa em certos lugares públicos. Penso que não é um trabalho que dignifica, embora se diga que todo trabalho o faça. Se não há nada que o sujeito possa colocar de si naquela função, nem sua inteligência, destreza, afeto ou criatividade, tem só que segurar aquele troço, estático durante horas?
Note-se que muitos desses ‘trabalhadores' estão sempre com cara de entediados e constantemente buscam se esconder pro trás da tal bandeira. Não sentem orgulho do que fazem; parecem mesmo ter vergonha. E apesar de, neste período, estarem portando a bandeira de um político, não estão, assim, manifestando opinião própria, já que não são cabos eleitorais (sem trocadilhos!), mas seres humanos pagos para segurar uma signo, à revelia de suas posições ideológicas. Fosse diferente, poderiam ficar até 24 horas em um pé só, que valeria a pena, pois estariam defendendo convicções. Os que seguram os mastros de madeira (por que estes não se equilibram sozinhos nas calçadas da orla ou no passeio da avenida, senão se bastariam) estão ali porque recebem dinheiro e, certamente, uma quantia mínima, que seduz apenas aqueles que não tem um trabalho de verdade que lhes permita sobreviver com honra e dignidade. E seguram os nomes dos mesmos políticos que, modo geral, já tiveram a oportunidade de contribuir para mudar essa realidade e não o fizeram. É louco, isso. Não me conformo.

domingo, 19 de setembro de 2010

O que será que será?


fotos: Giselly Lima

Ontem fui à praia de Garça Torta em Maceió. Estou certa de que, se vier morar definifivamente nesta cidade, será lá que armarei minha rede. Justifico com estas duas fotos: essa casa linda na qual me inspirarei e a praia quase na frente.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010



Longe, eu penso em casa. Escolho cores, costuro almofadas, compro objetos, teço palavras de paciência para ser presente, assim, distante. Volto lá e poderia não sair pra nenhum lugar, só estar, indefinidamente, entre risos, velhas tarefas e besteirinhas. Sou tomada de uma doce confusão de me sentir feliz sendo rainha-do-lar. Vê?

sábado, 11 de setembro de 2010

Layout, vixe!

Estou tentando acertar o layout do blog, mas não dou uma dentro. E só tem modelo feio.
Sorry

quinta-feira, 9 de setembro de 2010