Em casa a lua míngua sem calendário
Mas, se cheia, reflete maior
e mais clara na superfície do lago.
Eu, água, me deixo quieta,
ser lambida pela luz.
***
A roda se dá ao desfrute
enquanto ao centro a moça
interpela os próprios pés:
- Queres cirandar
e te deixas permanecer?
Ao que os pés respondem
desembrulhando pergunta:
- E não há que se ter, neste chão, um lugar?
Na roda, se deixa girar a outra moça
apertando mais forte seus laços.
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