domingo, 3 de janeiro de 2010

abóbora




Sempre chega,
a hora bendita.

Que se recuse
todo futuro,
que se abdique
de toda esperança,
que se negue
o porvir,
ainda assim
é hora.

e não se pode falar
e não se quer partir
e não é fácil ceder,
e não se vê honra na luta.

No entanto,
implacável,
a hora chega.
Empacota uma historia
inteira,
quer a única atitude
que não se pode ter.

Quando finalmente
chega a assustadora hora,
somos surpreendidos
pelo próprio,
rápido,
diligente
e obediente
sim.


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