domingo, 10 de fevereiro de 2013

Ma ternidade.

Uma palavra se parte.
Assombro!
Valha-me alguma senhora!
Seja capaz de emendá-la,
peço! Imploro!
Não vê meu desespero?
Não vê?
Eu andava tão ajeitadinha, montada na tal palavra.
Costurei tantos dias sobre a barriga.
E depois sobre o berço e os deveres de casa.
Criei peito e leite. Amaciei os braços. Orei as noites.
Agora nada disso serve de cola, de alinhavo.
Algo que está além das portas de minha casa
quebrou a palavra, azedou meu leite e me deixou cair os braços.
Algo urdido pelo tempo, esse terrível inimigo.
Um sentido novo, um novo rumo para isso eu quero!
Só não me deixe a palavra partida! 



2 comentários:

A Viajante disse...

Amiga, eu que nem fui mãe, no sentido restrito e estrito da palavra, sinto seu assombro porque acompanhei cada passo de sua linda jornada. Mas acalma, porque o cordão não se partirá, apensa mudará o formato. Alegra-te, por ver quem alimentou e sustentou, crescer e aparecer cada dia mais. Beijo!!

Giselly Lima disse...

Ah, Ju, um daqueles momentos em que a gente pensa que nao sabe mais ser mãe, pois são muitas situações novas, que nos desafiam. Mas Já passou.... Isa sempre tira de letra eu é que me atrapalho. Rsrsrsrs... Beijo..